(Gabriella de Deus)
"Haviam suspiros de ventos naquela tarde fria.
Minha alma levitava por entre as mil coisas
que eu começava a desenhar no céu tão vasto
esquecido sobre nós.
Aquela mão robusta e fria pousou-me na cintura,
depois na nuca e começava a atingir o ápice
da loucura...o desejo de amar.
Minhas mãos drapejavam constantemente,
meus lábios encontravam-se entorpecidos,
paralizados em uma única direção,
esperando o momento tão íntimo em que
haveriam de se encontrar.
Como são lindos esses olhos,
que me olhavam como se nada existisse.
Nada se ouvia além das fortes e constantes
batidas que vinham lá de dentro dos nossos corações...
...corações esses que se encontravam
dominados pela paixão,envolvidos assim como o céu e o mar.
Respirávamos o ar doce e estranho dos jardins
enfeitados de flores,sonhos e amores...
Os pássaros de luz cantavam as margens da noite.
Beijos e abraços e aquele olhinho de gato
que brilhavam como duas estrelas
banhando a escuridão do infinito."
30/04/2004



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